Estudantes ocuparam Avenida FAB protestando contra reajuste concedido pela Justiça que elevou preço da passagem de ônibus para R$ 2,30.
Uma comissão de estudantes foi recebida na manhã de hoje, 17, pela prefeita em exercício Helena Guerra. O grupo trouxe uma pauta de reivindicações com sugestões para melhorar o transporte coletivo do município. Entre os principais pontos tratados esteve o atual valor da tarifa a R$2,30, determinado pela Justiça semana passada e considerado abusivo pelos manifestantes. Outra reivindicação pedia veículos adaptados para portadores de necessidades especiais e a readequação dos abrigos de passageiros.
Os manifestantes também disseram estar sem voz dentro do Conselho de Transportes, que determina as diretrizes sobre o assunto. Como exemplo eles citaram não ter participado das discussões sobre o reajuste, que vêm acontecendo desde o ano passado. A resposta de Helena Guerra foi criar um mecanismo para garantir a participação dos universitários, que também utilizam o transporte público. Ficou decidido que passará a existir o Conselho Municipal da Juventude. Uma próxima reunião com data a ser marcada vai definir a atuação da entidade.
Helena Guerra leu um a um os pontos do documento elaborado pelos manifestantes e respondeu a todas as reivindicações na presença do Procurador Geral do Município, Vicente Gomes; Presidente da Empresa Municipal de Transportes Urbanos, Carlos Sérgio; Secretário Especial de Assuntos Extraordinários, Otacílio Barbosa; Raimundo Guedes, Chefe de Gabinete e dos vereadores Aldrin e Clécio Vieira.
Sobre a atual condição do transporte público, foi respondido aos estudantes que, o edital de licitação para novas empresas explorarem o serviço já foi lançado com conhecimento da Justiça Estadual e Federal. O processo faz várias exigências. A acessibilidade é uma delas, com 100% da frota tendo que ser adaptada, assim como o número suficiente de veículos nas linhas urbanas. Segundo Vicente Cruz, a previsão para concluir a licitação é outubro.
Quanto aos abrigos para passageiros, tanto o procurador quanto à prefeita em exercício disseram já ter cobrado da empresa responsável pela instalação que a estrutura seja modificada.
O bilhete único foi outra cobrança feita pela comissão. A resposta foi de que o município acabou impossibilitado de colocar a proposta em prática por conta de ações judiciais movidas pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setap), que viu no bilhete único a certeza de prejuízo.
Por último foi respondido sobre o impedimento do município, que no momento não tem como reverter o reajuste determinado judicialmente em ação impetrada pelo Setap. Segundo o procurador Vicente Gomes, uma ação contrária já tramita para barrar a decisão. “O município sempre foi contra o reajuste da tarifa. Toda a população sabe disso. Mas ordem judicial não pode ser desobedecida. Temos que acatar para depois recorrer e isso estamos fazendo”, explicou Gomes.
Para Helena Guerra, muito do que está sendo reivindicado já está em andamento para ser colocado em prática no município, mas o andamento é lento. “Estamos fazendo de tudo para melhorar este setor. A licitação é uma destas medidas e vai melhorar muita coisa no transporte coletivo. O restante está em andamento”, disse.
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