quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Presidente da ABAV fala de suas expectativas para Feira das Américas 2010
À frente dos preparativos para a 38ª edição do Congresso Brasileiro de Agências de Viagens – ABAV 2010 e Feira das Américas, que será realizado de 20 a 22 de outubro, no Riocentro, o presidente da ABAV, Carlos Alberto Amorim Ferreira, fala sobre o que espera do evento, considerado o maior do setor de turismo do continente americano. Para este ano, o agente de viagem pode esperar um evento ainda mais profissional, com o fortalecimento da parte científica e foco total nos negócios.
O dirigente revela o interesse do setor em ampliar as vendas para a nova Classe Média brasileira e dá uma dica para os expositores: focar nas necessidades do agente. “Quem oferecer produtos e serviços que ampliem a rentabilidade do agente, terá bons resultados na ABAV 2010.”
Entrevista
Da última edição da ABAV até o momento atual, como o senhor percebeu a evolução do mercado de viagem e a atuação do agente?
O setor do turismo está avançando vertiginosamente. O cenário é de crescimento econômico, de investimentos no turismo, preços competitivos e opções de financiamento facilitadas. Brasileiros que antes não viajavam, passaram a integrar a Nova Classe Média, formando um novo nicho de mercado. O agente de viagens tem evoluído junto com o setor e assumido sua nova função de consultor de viagens. É flagrante seu interesse em cursos de capacitação profissional e em adotar novas tecnologias. Além disso, tem buscado novas parcerias com os fornecedores para oferecer mais benefícios ao cliente.
Essa evolução motivou modificações no Congresso deste ano?
m. Estamos investindo fortemente na parte científica, ampliando o horário e a quantidade dos cursos e trazendo todas as entidades do setor para dentro do Congresso. Nossa ideia é tornar os seminários ainda mais técnicos e trazer soluções aplicáveis aos negócios, palpáveis à realidade do agente.
Na sua avaliação, que tema não poderá deixar de constar na pauta do Congresso da ABAV?
O Congresso terá uma orientação voltada para business. Esse será o foco central. As agências estão interessadas em fazer negócios, em aumentar sua rentabilidade, e nossas palestras vão espelhar isso. Dentro dessa orientação, discutir como atingir a nova Classe Média brasileira me parece ser um tema chave. O acesso ao crédito e a estabilidade econômica mudaram a pirâmide social do País, fazendo com que cerca de 26,9 milhões de brasileiros ingressassem no miolo da pirâmide. Hoje a Classe Média representa 52% da população e detém 46% da renda nacional, contra 44% das classes A e B. Se o agente não souber vender para esse consumidor, que tem necessidades e hábitos completamente diferenciados, seremos atravessados, como já está ocorrendo. O Congresso não vai ignorar esse problema.
Quais tendências estarão em evidência durante ABAV 2010?
As operadoras que trabalham com pacotes domésticos e destinos nacionais deverão vir fortes para fazer frente à alta do mercado de viagem internacional, que tem se apresentado muito atrativo para o brasileiro, devido à estabilidade cambial. Os cruzeiros marítimos, as vedetes das últimas temporadas, devem continuar contribuindo com o fluxo doméstico para temporada de 2011 e 2012, e na ABAV deverão apresentar mais opções de mini cruzeiros e de cruzeiros temáticos pela orla brasileira. A expansão do mercado aéreo também estará refletida no salão. Muitas companhias estão programando o lançamento de novas rotas, ampliação da malha e novos serviços.
O fato do Rio de Janeiro ser sede das Olimpíadas e do Brasil sediar a Copa de 2014 já está mexendo com o mercado? Isso poderá ser percebido na ABAV 2010?
Já está sendo percebido. Temos a participação de mais delegações internacionais – 36 já confirmaram. No ano passado, recebemos 29 países. Este ano, devemos dobrar esse número. Isso é o reflexo não apenas de uma ação comercial mais agressiva no mercado externo por parte da ABAV, mas do aumento do interesse desse mercado no Brasil. Também temos novos países interessados em expor na Feira, o que significa interesse em atingir o consumidor de viagens brasileiro.
A Feira já está com 90% de sua área vendida. Isso reflete um momento de expansão do mercado de turismo?
Estamos num momento muito favorável, tanto no exportativo como no receptivo. E essa procura mostra que o empresariado está investindo, está acreditando que a alta temporada de dezembro a março trará bons resultados.
O que o agente de viagem procurará na Feira das Américas - ABAV 2010?
O agente de viagem circulará pelos corredores da Feira sedento por novidades que lhe traga retorno financeiro. Estarão atentos a produtos e serviços turísticos que possam agregar valor a viagem de seus clientes e que representem melhoria no faturamento de sua empresa. Com a redução no comissionamento da emissão de bilhetes aéreos, o agente precisa ampliar o leque de opções que possa oferecer aos seus clientes, melhorando a qualidade da venda e a rentabilidade per capta. Essa é a orientação que a ABAV tem passado. O expositor que estiver sintonizado com essa necessidade fará bons negócios.
Assessoria de Imprensa
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