segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Com pinta de campeães, Estilizados e Maracatu desfilam no segundo dia
O segundo dia de desfile pode estar confirmando a campeã do grupo especial e também a vencedora do grupo de acesso. O alaranjado e o verde-rosa mostraram na avenida que beleza é fundamental, e que o Jari tem o que contar por aqui. Contagiaram o público presente com suas apresentações, que o diga Nalva Alencar, rainha da bateria de Maracatu e Amanda, de Estilizados.
Saiba como foi o segundo dia de apresentações no sambódromo.
Emissários. A escola de samba Emissários da Cegonha abriu a segunda noite de desfile do carnaval 2012 levando para a avenida o
enredo "Com garra e determinação, ele se fez respeitar". Das mãos de um sapateiro, molda-se a justiça no estado do Amapá em
uma homenagem ao desembargador Dôglas Evangelista.
A agremiação que disputa o título do grupo de acesso veio para a Ivaldo Veras distribuída em 11 alas com cerca de 1.800
brincantes, contando a vida do magistrado desde sua juventude.
A agremiação contou com 110 profissionais que trabalharam nos cinco pontos de produção da escola, como carpinteiros,
aderecistas, costureiras, soldadores, grafiteiros , decoradores, coreógrafos para fazer "bonito" na avenida.
Embaixada. Em uma viagem pelo mundo dos sonhos, a Embaixada de Samba Cidade de Macapá foi a segunda agremiação
carnavalesca a desfilar na avenida. A escola trouxe para a Ivaldo Veras o enredo “Sonho... Fantasia ou Realidade? trazendo
elementos como conto, sonhos sensuais, sonhos de criança, felicidade, educação, o lado bom do ato de sonhar.
Além de uma visão mitológica, como a representação de Morpheu, o rei do pesadelo e a rainha do conto, guardiãs do pesadelo,
sonâmbulos e guardiãs dos sonhos. A escola mostrou tudo que assusta e amedronta as mentes durante o sono - monstros,
bruxos, morte, guerra, fome e corrupção.
Elementos que assombram as pessoas durante o sono e perturbam o inconsciente, alem de aterrorizar a vida real. Mas também
passeou pelo lado bom dos sonhos, prazerosos, sensuais, revitalizador.
A última alegoria homenageou os artistas amapaenses, entre eles o cantor Zé Miguel, Amadeu Cavalcante, Dulce Rosa, Nivito
Guedes e outros artistas de segmentos diversos.
Estilizados. A região sul do Amapá foi retratada pelo enredo "O Encantado Vale do Jari de Piratas Estilizados", com enfoque para o
Laranjal do Jari. A história, riquezas naturais e culturais do município foram retratadas na avenida do samba pelas fantasias e
alegorias da escola de samba do Laguinho. Os conflitos que deram origem ao povoado, seu desmembramento de Mazagão e a
economia são alguns dos destaques. A rica biodiversidade da região e seu potencial para desenvolvimento econômico também
foram destaque na escola que ostenta o pavilhão nas cores predominantes verde, preto e laranja.
Maracatu. A beleza é vista pelos olhos de quem a vê. A escola do bairro Santa Rita, Maracatu da Favela, veio para a Ivaldo veras
com o objetivo de quebrar preconceitos e paradigmas, afirmando que o conceito de que o feio é subjetivo.
O enredo Espelho, Espelho meu fez um passeio pelo mundo encantado dos desenhos animados que têm como fundo, de alguma
forma, a beleza humana. Trouxe na comissão de frente o personagem grosseiro, mas encantador, ogro Sherek, a pura beleza de
Branca de Neve, a doentia fixação por si próprio de Narciso, a apoteótica história de poder e sensualidade da rainha do Egito
Cleopátra, e questionou a busca incansável e cada vez mais sem medidas de homens e mulheres pelo corpo perfeito, estereotipado
pelas mídias e sociedade. A Verde e Rosa fez uma viagem pelo tempo e civilizações contada em 12 alas e três alegorias. Uma
história que também resguarda a beleza das origens Maracás, Cunanis, Macapabas e Favelas.
Boemios do Laguinho. A Universidade de Samba Boêmios do Laguinho fechou o desfile das escolas de samba na manhã desta
segunda-feira, 20, com o enredo "Laguinho África Minha: Cantos e Revoadas de Dois Poetas Geniais.
Em sua apresentação a agremiação carnavalesca levou para a avenida 1500 brincantes em 12 alas e três carros alegóricos,
evoluindo em uma viagem pela musicalidade e poesia de dois respeitados artistas amapaenses: Fernando Canto e Osmar Júnior,
envoltos na africanidade do povo do laguinho, seus costumes, lendas e tradições.
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