A notícia chegou, bateu-me à porta,mal abri o correio das mensagens:Era dura. De luto. Negra. Forte.Tinha o peso da noite e da voragem.Tinha o aceno do adeus, do até sempre,e carregava doridos os sobrolhos.A notícia trazia o lamentoda morte que mordia os nossos olhos.E se dói a partida de um amigoque se foi, nos deixou sem o pascigode dois dedos de conversa, sem contacto.Mas um amigo não morre, só se ausenta:e passado o cabo das tormentas,sai da boca de cena (e do teatro).Domingos da Mota
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